6 de novembro de 2008

Resumo da história "O menino dos pés frios" de Matilde Rosa Araújo


Havia uma casa muito grande. Com um tecto altíssimo, nem sempre azul, na casa enorme habitava uma grande família: uma família tão grande que, por vezes, não julgavam os seus membros que se conheciam, e se deviam amar.
Houve um menino que entrou nesta casa estava ela toda branca. No chão tapetes de branco, cristais de água e uma brancura que parecia neve. As próprias árvores escorriam essa brancura. Iluminava-a uma estrela tão brilhante que parecia que pousava sobre as nossas mãos.
Um dia que fazia anos em que o menino entrava nessa casa, outro menino por ela andava com frio. Pelo chão, pelos milhões de cristais, caminhavam os seus pezinhos enregelados. Tanto frio que nem podia olhar a estrela brilhante. Nem os milhões de cristais que pisava.
Uma mulher chorava a um canto dessa casa. E era triste essa mulher. Estava triste e cansada.
Na casa nem tudo era belo. Ali estava aquele menino cheio de frio. E, como ele, tantos meninos.
E, já há quase dois mil anos, um menino entrara na casa, que ficou mais clara com a luz brilhante do tecto. O menino entrou só para dizer uma palavra pequenina: AMOR.
Essa mulher perguntou ao menino dos pés frios se ele tinha casa. O menino olhou a mulher triste e ficou muito triste, os dois estavam tristes, disse quase envergonhado que não.
A mulher perguntou ao menino se ele tinha roupa, sapatos, um lume e pão.
A cabeça do menino ia abanando e dizia à mulher triste que começou a ter vergonha. Então ela consentiu que na sua casa de tecto nem sempre azul, houvesse um menino sem roupa, sem um lume e sem pão.
Ela consentia uma coisa assim, e os outros também.
Escorregaram-lhe duas lágrimas transparentes pela cara. Água.



Resumo realizado por Catarina Oliveira e Ana Sousa

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